sexta-feira, setembro 21, 2007

América Latina foi região em que riqueza de milionários mais cresceu

Não vão demorar a aparecer os afobados para tomar a pesquisa como prova de que a desigualdade é o motivo da nossa miséria (a material, a moral é outro assunto). Será? A premissa utilizada para chegar a essa conclusão é obvia, mas quando exposta mostra sua cara ridícula: uma pessoa ganha menos dinheiro porque outra ganha mais? É claro que não. O crescimento de quem já é grande é menor do que o de quem ainda é pequeno. Parece simples demais, e é.

Não sei porque é tão difícil entender que a solução não é deixar os ricos mais pobres e sim deixar os pobres mais ricos.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Paraíso libertário

14 de setembro de 1515: Suíça declara neutralidade

Os habitantes do país eram suficientemente realistas para saber que a neutralidade não significava proteção. Tratava-se sempre de uma neutralidade armada. O serviço militar obrigatório exigia esforços extraoridinários. Essa foi, com certeza, uma das razões pelas quais a Suíça não foi envolvida nas duas guerras mundiais. O preço pelo ingresso do país em tais conflitos teria sido muito alto. [...] Na era da globalização e de uma união cada vez maior das nações européias, a neutralidade da Suíça está se tornando um problema [...] "políticos, diplomatas e administradores têm cada vez mais dificuldades com a neutralidade do país". Por outro lado, essa neutralidade está muito ancorada no povo suíço, porque ela tem também um aspecto ligado à liberdade de expressão. O Estado suíço não representa as opiniões dos cidadãos, porque estes podem dizer simplesmente que não foram consultados diretamente".

Procurei alguma coisa para comentar nos jornais brasileiros, não encontrei nada que não fizesse meu almoço voltar...

terça-feira, setembro 11, 2007

Cérebro de liberais e conservadores funciona de forma diferente

Os conservadores tendem a buscar a ordem e a estrutura em suas vidas e são mais coerentes na hora de tomar decisões. Os liberais, por sua vez, mostram maior tolerância para a ambigüidade e para a complexidade, e se adaptam mais facilmente a circunstâncias inesperadas

A ignorância em matéria de política americana nas seções que tratam do assunto nos jornais brasileiros é sempre gritante, na seção "Ciência e Saúde" não tinha como ser melhor. Liberal na política americana é sinônimo de esquerdista, do jeito que está fica parecendo uma coisa completamente diferente do que é.

Não consegui achar um link para a pesquisa, mas acho bem provável que essa pesquisa tenha sido feita comparando democratas e republicanos, sem querer chamar pelos nomes.

quinta-feira, setembro 06, 2007

O aumento do funcionalismo no governo Lula não é feito só de cargos comissionados, distribuídos entre os quadros do partido. Existem também os concursos públicos. Quem são as pessoas que estão sendo contratadas na avalanche de concursos públicos realizados por Lula? Os jovens da classe média, que em grande parte possuem curso superior e o mercado, por causa dos impostos, não tem como crescer e absorver essa mão de obra qualificada e nem de competir com os benefícios oferecidos por quem tem o privilégio de gastar um dinheiro que não é seu.

Ao entrar no funcionalismo, esses jovens são bombardeados com ideologia esquerdista, seja pelos colegas de trabalho mais antigos ou pelos sindicatos, sempre com acesso livre aos funcionários para 'reuniões' que parecem mais seções de lavagem cerebral. Os que não entram vacinados acabam sendo contaminados sem muita resistência.

Terminamos assim: os ricos têm o Bolsa BNDES, os pobres o Bolsa Família e a classe média tem o Bolsa Funcionário Público. Assim os votos de todos os estratos econômicos são comprados.

O problema é que essa é a mesma classe média que no final paga a conta. Retirando essa mão de obra do setor produtivo, não vai demorar para que não tenha mais ninguém para pagar. Nem entro aqui na questão da quantidade de jovens qualificados que estão indo embora do país expulsos pela falta de oportunidades por aqui.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Fim da CPMF não ajudaria a economia, diz Bernardo

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira, 5, que não vê como a eliminação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque, que retiraria uma receita equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), ajudaria a economia brasileira.

Se ele não sabe eu explico. Não vou perder meu tempo repetindo o óbvio sobre impostos, que até os petistas são obrigados a concordar: impostos atrasam o crescimento econômico. Isso quando não o inviabilizam, situação que está muito próxima da realidade brasileira. Prefiro aqui apontar uma particularidade da CPMF (acredito que a única com essa característica no mundo todo) e que tem conseqüências bem maiores que a quantidade de recursos por ela retirados do setor produtivo e jogados no ralo da burocracia e corrupção estatais.

A CPMF, como o nome diz, tributa a movimentação. Não toda movimentação, só a movimentação que utiliza o sistema bancário, por onde nada passa sem a cobrança. Qual o resultado disso? Os indivíduos passam a evitar a utilização do sistema bancário. Os meios para isso são vários, o mais obvio é evitando a utilização de cheques e outras formas de pagamento que utilizem os bancos, e passando a realizar transações em dinheiro vivo.

Para isso o dinheiro tem que ser armazenado fora dos bancos e a conseqüência disso só não vê quem não quer: a diminuição do crédito e com ela o aumento dos juros cobrados pelos bancos. Mantendo o dinheiro fora do banco, a quantidade de dinheiro disponível para empréstimo nos bancos diminui. Uma simples questão de oferta e demanda, quando a oferta diminui e a demanda permanece inalterada o preço do produto aumenta. O preço do dinheiro é o juro, como explica qualquer manual básico de economia.

Além disso, existe também uma conseqüência indireta: o aumento da violência através do aumento do número de assaltos a estabelecimentos comerciais e a residências de comerciantes, enquanto o Ministro banca o cego os bandidos já viram isso há muito tempo.


Brasil cai e fica em 101º em ranking de liberdade econômica

O Brasil ficou em 101º lugar num ranking que mede o grau de liberdade econômica em 141 países, dividindo a colocação com países como Haiti, Etiópia, Sri Lanka e Paquistão. [...] considerando quatro aspectos para avaliar os países: a liberdade pessoal de escolha, o intercâmbio voluntário, a liberdade para competir e a segurança da propriedade privada. Mianmar (140º) e Venezuela (135º) são os únicos países não-africanos entre os dez piores colocados.

Chance de começar a subir? Absolutamente nenhuma.

Colocações:
1 - Hong Kong
2 - Cingapura
3 - Nova Zelândia
4 - Suíça
5 - Estados Unidos
101 - Brasil
135 - Venezuela
141 - Zimbábue

segunda-feira, setembro 03, 2007

A cobertura do processo envolvendo o promotor Thales Ferri Schoedl está sendo pautada pelo esquerdismo que há muito se apossou da mídia que ele mesmo chama de burguesa. Todas as reportagens sobre o caso seguem duas frentes bem conhecidas de propaganda esquerdista: a luta de classes e o desarmamentismo.

Chega a ser curioso como grande parte das matérias simplesmente omite as circunstâncias do caso e parte para a conclusão: o promotor rico matou e o jogador de basquete pobre morreu. O culpado só pode ser o rico desalmado, que teve a moral corroída pela busca do lucro. Em outra frente tenta-se consolidar a velha falácia da arma como instrumento demoníaco que quando empunhada suga a racionalidade do indivíduo.

Lendo a defesa do promotor a hipótese da legítima defesa passa a ser quase inquestionável. Alguns tentam alegar que tivesse o promotor simplesmente ignorado as provocações e baixado a cabeça, numa clara agressão à sua honra, o pior não aconteceria. Mas espere aí! Ele é obrigado a aceitar os insultos e a falta de respeito com a sua companheira? Ele fez o que era correto, não aceitou a agressão. Não contentes com a agressão verbal os jovens - em bando, estes heróis - acharam-se no direito de agredi-lo fisicamente. Agressão a qual ele tinha todo o direito de reagir, com todos os meios a ele disponíveis, e necessários considerando sua desvantagem física e numérica, inclusive a arma de fogo que - ocupando o cargo que ocupava podia usufruir desse direito negado à grande maioria dos brasileiros - legalmente possuía.

O pior poderia ter sido evitado sim, bastaria obedecer à máxima: não mexe com quem ta quieto.