terça-feira, novembro 29, 2005

Papai Noel existe! E ele está brabo.



Provavelmente ele estava apenas cumprindo ordens da elite burguesa capitalista. Em uma operação coordenada pelos imperialistas norte-americanos, seus criadores e responsaveis pela imposição de sua imagem a todas culturas como parte de seu projeto de dominação mundial. A roupa vermelha é só um disfarce.

sexta-feira, novembro 25, 2005

terça-feira, novembro 22, 2005

Acho que fiquei muito tempo sem ler jornais. Pelo menos tão frequentemente quanto estava acostumado. Talvez por isso eu esteja reparando tanto.

Se existe uma dificuldade que não é apenas dos jornalistas - mas que eles, como vozes ativas deixam mais evidente - é a dificuldade de entender as relações de causa e efeito. Esse exemplo é muito bom:

The U.S. prison population continued to grow last year even though reports of
violent crime during 2004 were at the lowest level since the government began
compiling statistics 32 years ago, according to a government report released in
September.


Essa é uma briga antiga do James Taranto:

The other night, we realized that our degree of drunkenness was continuing to
grow even though the liquor in the bottle was at the lowest level since we
opened it. Life is full of paradoxes, isn't it?

segunda-feira, novembro 21, 2005

Depois do controle da mídia, do controle da imprensa e do controle das armas (estou esquecendo algum?) agora vem o controle da internet. Qual será o proximo?

E ainda tem gente que acha exagero chamar isso de ditadura comunista...

quinta-feira, novembro 17, 2005

Reclamei há alguns dias que os jornalistas brasileiros não conseguem fazer uma manchete clara nem quando não têm a intenção de confundir, reclamei ontem que eles não conhecem nada de economia. Para a minha reclamação de hoje eles até tem uma certa chance de se desculpar, já que um bando que fez campanha a favor do desarmamento não podia conhecer nada de armas e munição mesmo. Mas porque diabos eles insistem em escrever sem pesquisar absolutamente nada.

Outra desculpa que poderia ser usada é que eles simplesmente não escreveram praticamente nada, simplesmente traduziram a matéria do Daily Telegraph:

Polícia inglesa matou brasileiro com bala dum-dum, diz jornal.

A primeira confusão é entre as balas 'dum-dum' e as hollowpoint, as dum-dum teoricamente explodem após atingir o alvo, digo teoricamente porque alguns consideram a existência delas uma lenda. Já as Hollowpoint se expandem ao atingir o alvo. Explodir e expandir é diferente.

As balas hollowpoint são realmente 'proibidas' pela Convenção de Haia. A convenção é um acordo, onde as partes envolvidas concordam em se abster do uso (exatamente como diz o texto), proibir é uma palavra forte. A polícia pode usa-las e as usa regularmente, com toda a razão. O jornal inglês chegou até a citar o motivo para seu uso, mas se confundiu ao tentar limita-lo a uma situação ridiculamente específica.

Quando o projétil se expande ele cria um atrito maior (daí vem o estrago maior) o que diminui sua velocidade e faz com que, na maioria das vezes, pare. Sendo assim, em uma ação policial, onde via de regra existem pessoas inocentes em volta, o ideal é que após atingir o bandido a bala pare, e não que saia por aí podendo acertar mais alguém. Não acertar a fuselagem do avião? Por favor...

O problema tanto dos jornalistas brasileiros quanto dos britânicos é não querer entender o objetivo da polícia. A polícia não está lá para competir com os bandidos, está lá para restaurar a ordem. Quando o uso da força se torna a única alternativa - o que é o caso na maioria das vezes em que a polícia é obrigada a entrar em cena - isso deve ser feito de forma rápida e definitiva. Quem fez a situação chegar a esse ponto que arque com as conseqüências. Os jornalistas sempre parecem querer que o policial, ao lidar com um bandido armado com uma faca deva largar sua pistola e sacar uma faca, assim eles podem fazer um mano-a-mano justo.

A Veja dessa semana traz na capa Steven Levitt, autor do Freakonomics. A reportagem é toda feita em tom de novidade, tratando o autor como pioneiro na abordagem que faz a relação entre os motivos que levam os indivíduos a tomar decisões e a economia. O triste é ver que esse tom de novidade não é exclusividade brasileira, mas também nos EUA, e provavelmente no resto do mundo.

Triste porque demonstra o completo desconhecimento da escola de economia que tem nessa abordagem uma de suas principais características, a Escola Austríaca. Mais especificamente um de seus principais - se não o principal - membros: Ludwig von Mises, que em 1949 publicou seu Human Action. O livro além de fazer esse estudo sobre as motivações e particularidades do processo de decisão dos indivíduos, tem como uma das características mais citadas a clareza e simplicidade com que consegue expor as idéias, simplicidade essa que é outra particularidade também tida como novidade na obra de Levitt.

Não li o livro de Levitt e não estou aqui falando mal de sua obra, muito antes pelo contrario. A comparação com Mises pode facilmente ser considerada um elogio, e provavelmente seria assim considerada pelo próprio Levitt, que sendo professor da Universidade de Chicago - que tem grande influência da escola austríaca - deve conhece-lo e admira-lo.

O mundo com certeza seria um lugar melhor se todos conhecessem a obra de Mises, esse tom de novidade é uma pequena demonstração do porquê não é.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Proposta sugere urânio do Irã enriquecido na Rússia

O Irã ficou rico e esqueceu o urânio na Rússia?

As vezes acho que a confusão feita nas noticias pelos 'jornalistas' brasileiros é proposital, outras eu tenho certeza que é ignorância mesmo...