quinta-feira, maio 27, 2004

Pensando bem, a contradição da qual falei no post anterior não chega a ser tão contraditória assim. A minha defesa da iniciativa privada é basicamente fundamentada na teoria do Pai da Economia, onde a busca do bem estar individual acaba gerando um aumento do bem estar geral. O problema é que essa equação acaba invertida quando é distorcida pela presença de um Estado excessivo.

Exatamente o que está acontecendo. A busca do meu bem estar foi redirecionada pela presença excessiva do Estado na economia (Tratando-se de bancos, o Estado deveria se limitar a um Banco Central emissor de moeda ou, segundo Hayek, nem isso). Eu estou sendo coerente com o que defendo fazendo o meu papel, ou seja, buscando o que é melhor para mim. O fato de o Estado ser mais atrativo exatamente porque ele extermina a iniciativa privada é uma distorção.

A contradição está apenas na minha consciência de que essa minha escolha acaba, indiretamente, prejudicando outras pessoas. O que poderia até ser interpretado como uma atitude de má fé. Aqui entra o velho "se não fosse eu seria outro", mesmo que eu não fizesse essa escolha, o prejuízo continuaria sendo feito.

p.s. - Aceitando e rebatendo (no mesmo nível) a provocação dos comentários: Não acredito que um 80º lugar em um concurso com mais de 70.000 candidatos possa ser considerado um "atestado de incompetência", mas quem sou eu para dizer...

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