Não costumo ficar indignado, muito menos costumo usar essa palavra - tenho uma estranha aversão a ela - mas não consigo encontrar outra palavra para descrever minha reação ao ver na TV um homem sendo covardemente espancado com pedaços de pau por mais ou menos uns dez integrantes do MST. O erro cometido pelo homem? Descer do carro para implorar aos "manifestantes", que estavam bloqueando uma estrada, que o deixassem passar pois estava levando uma criança doente no carro, em direção ao hospital.
Qualquer que seja a causa, nada justifica a interdição de uma estrada. A policia nesses casos deveria agir de forma decisiva. Até faço uma sugestão: Criem um cronograma. Primeiro se tenta negociar, se depois de um tempo predeterminado não houver avanço, usa-se a força, e se houver resistência à força comedida - leia-se cassetetes - usa-se a força que for necessária para defender o direito de todas as outras pessoas de usar a estrada. Força letal? Isso depende de até que ponto os baderneiros estão dispostos a continuar desrespeitando o direito das outras pessoas.
Não estou falando de algo como o chamado "massacre dos Carajás", nome que deveria soar ridículo para qualquer um que viu as imagens do tal "massacre" e viu centenas de pessoas, armadas de foices, facões, enxadas e pedras - depois ficou comprovado que os sem terra chegaram a disparar armas de fogo, mas eu não acho que isso faça alguma diferença, estavam armados e avançando em direção aos policiais, não interessa o tipo de arma, a polícia não está lá para "brigar de igual para igual", está lá para se impor - indo para cima dos policiais, que reagiram. Falo de a polícia tomar iniciativa, fazer o seu serviço que é manter a ordem. A força necessária para se manter a ordem é diretamente proporcional à vontade dos baderneiros de perturba-la.
p.s. - A principio não sabia a relação entre o homem e a criança, pois assisti a essa notícia no Jornal Nacional, que não quis se aprofundar muito no assunto - até imagino porque, depois n'O Globo , em uma nota de 2 linhas, fiquei sabendo que eram pai e filho. Na Folha e no Estadão não encontrei nada, procurei também em alguns jornais do Mato Grosso - onde ocorreu o episódio, na tentativa de encontrar uma foto para enfeitar o post - mas também não encontrei nada. Por que será?
quinta-feira, janeiro 29, 2004
Postado por Giovani MacDonald às 10:15 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário