Vitória folgada de governista surpreende analistas na Colômbia
Mesmo com a perspectiva de um segundo turno, a liderança folgada do candidato governista, Juan Manuel Santos, levantou suspeitas, surpreendeu analistas e contrariou pesquisas que apontavam um empate técnico entre os dois candidatos. "Indiscutivelmente é uma surpresa", afirmou à BBC Brasil Alejandra Barrios, diretora do Movimento de Observação Eleitora (MOE). "Vemos que os votos de Facebook e Twiiter não se transformaram em votos reais, afirmou Barrios em alusão à campanha do partido Verde, impulsada por meio dessas redes sociais."
Facebook e Twitter? Francamente.
Isso é método ou incompetência? Táctica ou torcida? O suposto erro é duplamente vantajoso. Dá uma falsa impressão de que o candidato impopular tem chance, aquecendo sua base e incentivando possíveis eleitores descontentes a sair de casa para votar (o que num país onde o voto não é obrigatório pode fazer alguma diferença). Por outro lado, a própria análise incorreta - e nada além dela - é apresentada como prova em uma acusação de fraude eleitoral.
Lembrando que há aí uma grande diferença entra as democracias e as ditaduras. Os ditadores, com o controle da máquina estatal, quase sempre fraudam as suas eleições enquanto nas democracias a fraude é mais difícil, o que se deve exatamente aos controles...democráticos. Coincidência ou não, os primeiros a começar a gritaria são exatamente os esquerdistas, aqueles que sonham em implantar ditaduras. Mais uma vez a máxima leninista: acuse seus inimigos do que você faz.
O segundo turno provavelmente será um pouco mais acirrado, dizem alguns analistas que o candidato do governo já atingiu seu limite. Será que são os mesmos analistas que previam a possibilidade de vitória em primeiro turno do candidato da oposição? Ou será que a fraude será eficaz e pode virar o jogo? Só o tempo dirá, e ele é amigo do fraudador: o ‘povo’ tem memória curta.
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