segunda-feira, setembro 01, 2008

Despesa com domésticas pode dobrar com proposta do governo

Se a alteração na Constituição for aprovada, o doméstico terá direito a jornada de trabalho estabelecida em lei, hora extra, adicional noturno, salário-família e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) obrigatório -desde 2000, esse benefício é opcional.

Com a ampliação dos direitos ao trabalhador doméstico, o custo dos encargos trabalhistas deverá ao menos dobrar, nos cálculos de advogados, especialistas em mercado de trabalho e representantes de empregadores e trabalhadores domésticos do Estado de São Paulo.


Mais um caso clássico para Bastiat. Apesar de ser tão óbvio que dá até preguiça de fazer a análise. O que vai acontecer? As empregadas domésticas vão ganhar mais? Vão ter uma vida melhor? É CLARO QUE NÃO. O que vai acontecer é que uma grande parte delas vai ficar desempregada.

Outra conseqüência, essa não tão clara mas também inevitável é a REDUÇÃO do salário da categoria (palavra horrível). O empregador paga o que está disposto a pagar e este para ele é o custo de ter um empregado. Para ele não existe diferença entre a parcela desse custo vai diretamente para o bolso da empregada e a que é usada para pagar por esses ‘benefícios’. Para ter o mesmo custo o que ele faz? Baixa o salário. Na impossibilidade de baixar o salário, como no caso do salário mínimo, ele simplesmente manda para a rua.

1 comentário:

Fábio disse...

Mas você quer apostar que com a redução do número de empregadas domésticas no país (caso isso seja aprovado) o governo vai dizer que houve melhoria na qualificação profissional/qualidade de vida/distribuição de renda, pois agora temos menos dométicas? (O salto argumentativo seria que elas melhoraram de vida, logo não precisam mais trabalhar como empregadas).