sexta-feira, abril 29, 2005

A polêmica sobre o racismo no futebol ganhou mais um capítulo na noite de quarta-feira, durante o amistoso entre Brasil e Guatemala. Uma banana foi atirada no gramado do estádio do Pacaembu, em São Paulo, com os dizeres “Grafite macacô!”, citando o atacante do São Paulo e da seleção, pivô da confusão envolvendo também o argentino Desábato.

Se alguém ainda precisava de alguma prova de que essa insistência em achar que a melhor maneira de acabar com o racismo é colocando-o em evidência, ressaltando sua existência e procurando bodes expiatórios para "servir de exemplo" é completamente absurda e o resultado mais provavel é o crescimento do mesmo, aí está.

Como disse o Claudio*: ....Caso o afro-pindoramense não estivesse num bom dia, o adversário poderia também levar uma bela de uma porrada nos meios das fuças. Mas nesses dias de tolerância, cidadania e, last but not least, do politicamente correto, o que fez o afro-pindoramense? Fez beicinho, chamou a polícia e fez com que o adversário – hoje alçado ao posto de racista nojento e imundo pela sempre zelosa imprensa de Pindorama – passasse dois dias na cadeia. Resumindo, o afro-pindoramense chamou o Estado para resolver um caso de ofensa verbal que seria facilmente resolvido com um “é a tua mãe, filho da puta”.

* - O Claudio tem uma certa vantagem nessa discussão, qualquer coisa que eu fale sobre o assunto pode ser distorcida e, com algum trabalho, transformada no contrario do que é. Com o Claudio fica mais difícil...

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