quarta-feira, abril 28, 2004

Acho que um dos motivos pelos quais o número de posts tem diminuído consideravelmente é porque uma das minhas maiores fontes de inspiração para posts sempre foi ler jornais. Agora além de eu não ter mais tanta disposição para fazer isso (em uma época chegava a ler cerca de 20 jornais - eletrônicos é claro - por dia, agora leio no maximo 3 ou 4, quando leio...), parece que eu já falei sobre quase tudo, as noticias já não podem mais ser traduzidas para o inglês porque de novidade elas não parecem ter nada, parece que tudo sobre os assuntos envolvidos nas noticias já foi exposto em outras ocasiões. Comecei a pensar isso quando senti vontade de escrever sobre o crescimento da China, que é sempre colocado como vitória e demonstração de viabilidade do comunismo, e que eu considero uma simples reflexão da gradual abertura, um simples ajuste ao que seria a "ordem natural", sendo o maior país do mundo (entendendo como país o conjunto população e território), o natural seria que fosse o maior mercado do mundo e consequentemente a maior economia. Só não o é por causa do comunismo e não o contrario, mas aí lembrei que já escrevi sobre isso...

Outra coisa que me fez pensar nisso foi esse folheto aí do lado, que minha irmã me trouxe hoje. Já falei aqui de um amigo, que fez uma chapa para concorrer ao Centro Acadêmico do curso dele (e por sinal ganhou), e que, apesar de termos estudado muitos anos juntos e continuarmos nos falando por pelo menos 5 anos após o termino do colégio - enfim, é uma pessoa que eu considero amigo e não apenas colega - parecia que eu simplesmente não o conhecia. Pois ele me surpreendeu mais uma vez agora que é época de eleição para o CA novamente.

É tão absurdo que quase não é preciso comentar, mas a parte que eu mais gostei foi a que eles se propõem a "tomar o que é nosso", isso claro "sem se perder em legalidades". É assustador pensar que esses são estudantes de Direito, futuros juízes, prometendo "não se perder em legalidades".

Também gostei da parte em que dizem que têm "princípios definidos e claros", mas na hora de expô-los citam "anticapitalismo", considerando a concepção de "capitalismo" do "senso comum", que é tão fluida que dizer isso de transparente não tem nada. Depois dizem "defender as bandeiras históricas do movimento estudantil", sem nunca definir quais são essas bandeiras. Para terminar falam de sua "postura diante de injustiças e opressões", hãã...bonito não? Transparente como petróleo...

A parte em que prometem ser "intransigentes" também é interessante, mas nessa parte eu sou obrigado a dar o braço a torcer e concordar em parte: eu também sou muitas vezes intransigente quando se trata do que eu acredito.

p.s. - desculpem se o post ficou um pouco enrolado, mas eu tinha que enrolar um pouco para chegar no tamanho da figura. Eu uso a resolução de 1024x768 e tento deixar o "design" do blog adaptado para essa resolução, quem usa 800x600 deve estar pensando "mas o post ficou bem maior que a figura", bom...não se pode agradar a todos. Essa explicação também faz parte da enrolação...

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