sexta-feira, junho 20, 2003

Aderi à campanha do Polzonoff, mas estou começando a achar que minha escolha inicial não foi muito feliz: Moby Dick. O livro é bem arrastado, tudo explicado nos mínimos detalhes. Coisa como passar uma pagina e meia descrevendo o quadro na entrada da estalagem. Ou seja, escolha um pouco infeliz para alguém que, como eu, nunca foi muito adepto da leitura. Mas vou levando, "devagar e sempre"...

Ontém li um trecho que gostei muito e, não sei porque, me fez lembrar do Júlio Lemos:

Pois, seja qual for a superioridade de um homem, jamais poderá ela assumir o domínio prático e útil dos outros homens sem a ajuda de certa espécie de truques e entrincheiramentos exteriores, em si mesmos sempre desprezíveis e ignóbeis. É isso que afasta para sempre os verdadeiros e divinos príncipes imperiais dos palanques de comício do mundo; e deixa as mais altas altas honras que essa publicidade pode conferir àqueles homens que se tornam famosos mais por causa de sua infinita inferioridade perto do seleto e oculto pugilo do Celestial Inerte, do que por causa de sua indubitável superioridade com relação ao nível médio das massas.

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