E enquanto fica fazendo propaganda (e já começo a pensar se faria alguma diferença partir para a ação ou continuar gastando o dinheiro do povo com propaganda mesmo, quem sabe faria menos estrago, ou não.) ainda cancela a restauração e construção de novas rodovias.
O assunto rodovias é um pouco complicado. Como sempre, a princípio, seria melhor que o Estado ficasse de fora, mas no caso das rodovias, fica difícil, já que as rodovias são, necessariamente monopólios.
Quando as rodovias são "publicas", ou seja, não se cobra pedágio, quem acaba pagando pela construção e restauração é aquele caboclo que sonha ter um jegue e nunca viu um carro de perto (estou exagerando, mas só um pouquinho). Então a melhor maneira é cobrar de quem realmente usa, através do pedágio.
Só que o pedágio tem dois problemas:
Primeiro: Ninguém gosta de pagar pedágio. É um dinheiro que depois de gasta pessoa não "vê" o retorno de imediato - a rodovia estaria lá, passando ele por lá ou não.
Segundo: O preço. Sendo a rodovia um monopólio, até porque construir duas rodovias uma paralela a outra para fazer "concorrência" seria um enorme desperdício, quem decide o preço? É um dos poucos casos em que a intervenção estatal se faz necessária, exatamente pela impossibilidade da concorrência. Mesmo que necessário, o Estado não precisa - nem deve - atuar diretamente, a melhor maneira é (até que se encontre outra, ou não.) a terceirização, "devidamente" regulamentada. Terceirização essa que através da licitação soma a concorrencia à equação. O problema maior é que esse "devidamente" sempre esbarra na desonestidade inerente ao Estado e sendo o problema o Estado, retirar da equação a iniciativa privada não melhora em nada a situação...
domingo, janeiro 05, 2003
Postado por Giovani MacDonald às 7:30 da tarde
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