segunda-feira, dezembro 30, 2002

É difícil falar sobre guerra, a princípio eu sou a favor da não intervenção do estado em nada, mas como já disse Fred Schwarz no livro que citei há alguns dias, o velho ditado: "Se um não quer dois não brigam" é mentira. Basta um ataque unilateral para se ter uma guerra, ainda que o lado atingido não reaja, é uma guerra.
A situação atual é um pouco mais complicada: A guerra já foi declarada, mas quem declarou a guerra (Estou falando de vários extremistas muçulmanos, apesar de particularmente achar isso um pleonasmo.) não tem, ou não tinha até agora, poder para atacar, e por isso os EUA fizeram "vista grossa" para eles, porque, inocentemente achavam que não podiam ser atingidos, situação que mudou depois do 11 de setembro.
Queiram ou não queiram, os EUA são a nação mais poderosa do planeta, e vão sempre tentar manter essa posição. Isso inclui não deixar que ninguém acumule poder para derruba-los. É uma ação de defesa: A melhor, como diz o outro "ditado popular".
É uma ação arbitrária? Sim, assim como toda ação do Estado. É errada? Essa pergunta não é tão simples. Só pensar em uma situação: Se Bin Laden tivesse acesso a armas nucleares, e condições de lança-las contra os EUA, ele hesitaria? Acho que não. E Saddam Hussein? Também não. Sendo assim, os EUA devem ficar esperando que eles as tenham para fazer alguma coisa? Não é mais fácil se defender antes do ataque, que já foi anunciado?

O Estado só serve para uma coisa: proteção; que se divide em três partes: proteção interna, defesa externa e justiça. E nesse caso, se acontecer uma guerra, o Estado americano não estará saindo muito dos princípios que o fizeram a maior nação do mundo, estará desempenhando sua funão de defesa externa.
Guerra é uma coisa feia, desnecessária e idiota. Mas depois que um lado a declarou, o outro está automaticamente dentro, queira ou não, se escolher não reagir, estará fadado ao extermínio.
A maior idiotice incansavelmente repetida nos ultimamente é que a guerra será por interesses econômicos, besteira, o interesse é recíproco, um quer comprar , o outro quer vender, um não vive sem o outro.

Em suma, se é que existe a possibilidade de uma guerra ser "legítima", então esta será...

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