A revista IstoÉ anda tão ruim, principalmente depois da eleição do molusco, que eu as vezes me pergunto porque ainda me dou o trabalho de folhea-la. Hoje encontrei a resposta. A coluna dos "numeros", onde posso ler notícias importantes como "1 raio matou 31 vacas que pastavam sob uma árvore na Dinamarca" ou então ficar sabendo que "um urso negro invadiu um camping em Seattle e bebeu 36 latas de cerveja até cair no sono e ser capturado". O resto da revista não vale nada...
segunda-feira, agosto 30, 2004
Postado por Giovani MacDonald às 10:53 da tarde 0 comentários
segunda-feira, agosto 23, 2004
E agora podemos novamente acompanhar o melhor programa de comédia da TV brasileira: O horário eleitoral.
Não descarto a possibilidade de ele ser melhor que os outros porque enquanto os outros passam semanalmente - na maioria das vezes, o horario eleitoral é bem menos frequente.
Só levei um susto ao ver um ex-professor meu, de religião, participando da chapa do PSTU. Mas provavelmente fui o único a estranhar o fato de um ex-professor de religião de um colégio jesuíta estar no PSTU...
Postado por Giovani MacDonald às 12:13 da manhã 0 comentários
quinta-feira, julho 29, 2004
Depois de escutar, em uma discussão, que ao exigir o respeito ao meu direito de ir e vir eu estava desrespeitando o direito dos "manifestantes" de protestar cheguei a achar que já havia escutado tudo. Mas o Jornal Nacional hoje deu um novo significado para a palavra ao afirmar que com o acontecido de ontem somam-se 501 protestos anti-semitas na França. Isso mesmo, quebrar e pichar suásticas nazistas nas lápides de um cemitério judeu agora se chama "protesto".
Bom saber, só espero que a definição da palavra seja atualizada nos dicionários...
Postado por Giovani MacDonald às 8:52 da tarde 0 comentários
quarta-feira, julho 28, 2004
Parei de escrever aqui porque parei de ler. Menos por falta de tempo e mais por falta de vontade. Não consigo escrever sobre alguma coisa sem saber ao menos um pouco sobre ela.
Os "jornalistas" brasileiros não parecem ter o mesmo problema. É só ver a "cobrtura" das eleições presidenciais americanas para saber do que estou falando...
Postado por Giovani MacDonald às 9:17 da tarde 0 comentários
quarta-feira, julho 14, 2004
Fazia tempo que eu não me surpreendia positivamente com o Brasil. O site da camara está fazendo uma enquete (no canto direito) com a pergunta: Você acha que o comércio de armas de fogo e munição para particulares deve ser proibido no Brasil?
Para minha surpresa, a votação (pelo menos quando eu votei) estava em 87% contra o desarmamento.
As vezes começo a voltar a ter alguma esperança nesse país, pena que isso normalmente dura pouco, muito pouco.
Aliás, as vezes tenho a impressão que o país está realmente melhorando, mas aí percebo que isso provavelmente se deve ao fato de eu não estar mais lendo jornais tanto quanto antes...
Postado por Giovani MacDonald às 10:25 da tarde 0 comentários
O candidato democrata à presidencia americana foi classificado com o "mais esquerdista" (most liberal) do senado americano, e seu candidato a vice ficou em 4º lugar. Eles estão tendo um grande trabalho para desviar dessa classificação, que por lá soa mais como uma acusação.
Eu imagino o trabalho poupado pelos candidatos brasileiros à epoca da eleição, que passaram a campanha inteira tentando provar que são mais de esquerda que os outros candidatos, se conseguissem um "título" desses...
Postado por Giovani MacDonald às 10:18 da tarde 0 comentários
terça-feira, julho 13, 2004
Entre as várias coisas que foram afetadas pela eleição do Crustáceo, uma das que mais decaíram foi o humor. Uma das maiores fontes de inspiração dos humoristas sempre foi a política, assim como a crítica bem humorada sempre fez parte dos melhores momentos do humor. O problema é que agora, que os humoristas - que sempre foram de esquerda, uns mais pra lá outros menos - têm que se preocupar em não criticar muito duramente as pessoas que eles sempre defenderam, as piadas ficaram completamente insossas.
Não tem graça nenhuma fazer piada para elogiar alguém, sempre que se faz piada é para - no mínimo - criticar, não raramente para detratar mesmo.
Essa charge aí ao lado, que apareceu na Istoé (minha parte masoquista não me permite deixar de abrir essa aberração) é um exemplo bem claro. Ao mesmo tempo que faz uma crítica muito da tímida sobre uma suposta demora do governo, ainda carrega várias premissas que acabam por simplesmente puxar o saco do governo.
A partir do momento que se critica a lentidão, é porque se deseja uma velocidade maior, e só quer que se vá mais rápido quem concorda que o caminho está correto. Tão correto que o "humorista"* ainda assume que, mesmo se o "problema" da lentidão não for resolvido, o governo ainda deve ter outro mandato, para terminar o que está fazendo.
Enfim, esse governo não pode ser comparado a uma tartaruga, estaria mais para alguma tentativa mal sucedida de cruzar uma tartaruga com um caranguejo, que além de caminhar pra trás ainda caminha devagar (Eu sei que o caranguejo anda para o lado, assim como na charge o desenho é de um jabuti e não de uma tartaruga, mas vamos esquecer dos detalhes). Não acho que caminhar devagar quando se está caminhando para trás seja ruim é claro, também não acho que está caminhando devagar, mas quem sou eu para discordar do senso comum...
* - Nunca achei graça nas charges do Aroeira, até por isso pensei duas vezes antes de coloca-la como exemplo num post em que eu começava falando de coisas que perderam a graça, mas como foi ao vê-la que comecei a pensar no assunto decidi coloca-la assim mesmo, ainda continua um bom exemplo de "humor chapa branca"...
Postado por Giovani MacDonald às 8:34 da tarde 0 comentários
Com tantos partidos com "social" e "socialista" assim como "trabalhistas" e "dos trabalhadores" no nome, será que alguém estranharia se fosse criado o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Brasileiros?
Postado por Giovani MacDonald às 8:23 da tarde 0 comentários
quinta-feira, julho 08, 2004
Godwin's Law: prov. [Usenet] "As a Usenet discussion grows longer, the probability of a comparison involving Nazis or Hitler approaches one." There is a tradition in many groups that, once this occurs, that thread is over, and whoever mentioned the Nazis has automatically lost whatever argument was in progress. Godwin's Law thus practically guarantees the existence of an upper bound on thread length in those groups. However there is also a widely- recognized codicil that any intentional triggering of Godwin's Law in order to invoke its thread-ending effects will be unsuccessful.
Postado por Giovani MacDonald às 11:09 da tarde 0 comentários
segunda-feira, julho 05, 2004
Não gosto de manifestações, protestos e similares. São basicamente dois os motivos dessa aversão: O primeiro é que normalmente os protestos são feitos em favor de causas contrarias aos meus ideais, e o Segundo, que acho que pesa mais que o primeiro é que, via de regra, os protestos consistem basicamente em atrapalhar a vida de outras pessoas como forma de chamar a atenção.
Um dos problemas de se criticar protestos é que sempre que se critica um protesto se é visto como contrario à causa. Sendo assim, se você critica o ato de atear fogo em um ônibus é porque você é a favor de passagens com preço alto*, sempre numa simplificação infantil.
A "forma de protesto" mais utilizada é o fechamento de ruas. Não sei como alguém pode ter a cara de pau de dizer que é uma "forma pacífica" de protesto. Não é. A força física é utilizada. Mesmo quando não se parte para a violência pura e simples e para o quebra-quebra - coisa nem um pouco incomum - o fato de se impedir a passagem de outras pessoas pela presença física no meio do caminho é sim uma violência. O fato de não haver movimento não muda nada. Tente correr em direção a um punho fechado, parado no ar a altura do seu nariz.
Enfim, não deveria haver "negociação" em casos de protestos que fecham estradas. Os "manifestantes" estão desrespeitando os direitos de várias pessoas - sempre em número muito maior do que os manifestantes, que gostam de achar que falam "em nome do povo" - e a polícia serve exatamente para defender os direitos dos cidadãos.
Um cidadão que está parado no transito, depois de um dia inteiro de trabalho, querendo voltar para sua família sem poder porque um bando de desocupados que acha que sua causa é mais importante que as dos outros está bloqueando a estrada, está sendo tão agredido quanto se estivesse sendo espancado. É dever da polícia acabar com essa agressão, utilizando a força que for necessária para faze-lo o mais rápido possível.
Essa é mais uma questão, é muito comum reclamar que a polícia foi "covarde", que estava mais preparada (leia-se armada) e, apesar de não ser muito comum mas aconteceu em um dos dias dessa "manifestação", em maior número. A polícia não está lá para uma briga "mano a mano", não está lá para uma "competição justa". Está lá para, através do uso da força e de forma definitiva, defender os direitos das pessoas.
* - uma das afirmações mais repetidas por aqui é que temos "a passagem mais cara do Brasil", como não tenho saco para pesquisar preços de outras cidade não duvido da possibilidade dessa afirmação estar correta, mas tento perguntar a todos que vejo repetindo essa afirmação se eles conhecem o preço de passagens em alguma outra cidade do país, não encontrei ainda ninguém que me respondesse afirmativamente. Isso está me cheirando a uma daquelas afirmações que acaba se tornando verdade pela repetição e não pela realidade em si. Por sinal, a passagem "normal" aqui é de R$1.75 , sendo que os "estudantes" que estão fazendo baderna e reclamando pagam a metade.
Postado por Giovani MacDonald às 10:10 da tarde 0 comentários
domingo, julho 04, 2004
Nessa semana minha cidade foi violentada por um grupo de baderneiros que gostam de se dizer "estudantes". Estudantes eles não podem ser, alguém que passa o dia inteiro, durante uma semana, fazendo baderna e atrapalhando a vida de toda uma cidade não é um estudante, estudantes passam o dia - ou no mínimo uma parte dele - na universidade. Como eu queria fazer, mas fui impedido de ir do trabalho para a universidade porque esse bando de desocupados trancou as principais vias de acesso para minha cidade (traballho em uma cidade vizinha), além de ter depredado alguns dos onibus.
O mais triste é ver grande parte da população tendo a vida transtornada por pessoas com interesses mais do que duvidosos e achando bom. Estão sendo violentados e estão sentindo prazer.
Depois escrevo mais sobre isso...
Postado por Giovani MacDonald às 6:43 da tarde 0 comentários
segunda-feira, junho 21, 2004
Seguindo a seção de "contradiçoes internas": Apesar de ideologicamente destro sou canhoto. Acho que vou criar um movimento para exigir cotas para os canhotos, uma minoria discriminada e oprimida nessa sociedade dominada por "direitistas".
Postado por Giovani MacDonald às 11:03 da tarde 0 comentários
Teorias da Conspiração I:
Parada Respiratória que nada, o Diogo Mainardi que se cuide...
Postado por Giovani MacDonald às 11:01 da tarde 0 comentários
sábado, junho 19, 2004
A cada dia o esforço que tenho que fazer para não acabar colocando no mesmo balaio os terroristas e os muçulmanos aumenta. Até porque na hora de decapitar alguém eles não parecem fazer esse esforço...
Postado por Giovani MacDonald às 5:48 da tarde 0 comentários
domingo, junho 13, 2004
Respondendo aos comentários do post anterior:
As universidades públicas não são melhores que as privadas. As universidades privadas podem contratar os professores que quiserem - e o fazem - assim como ter a infra-estrutura que bem entenderem, isso vai refletir nas mensalidades mas se esses objetivos forem alcançados com certeza vai ter quem pague.
O problema é que o melhor jeito de se avaliar uma universidade é pelos alunos que lá se formam, e aí que a distorção causada pela presença do Estado entra. Como a universidade pública é "gratuita", todos preferem ficar na universidade publica e sendo assim, os melhores alunos acabam entrando em universidades públicas, quem faz uma universidade paga é quase sempre porque não conseguiu passar no vestibular para uma universidade pública. Tendo os melhores alunos a universidade publica na hora da avaliação acaba parecendo melhor que a privada. Resumindo, a universidade publica só é melhor porque tem os melhores alunos.
Se o único diferencial fosse o fato de ser gratuita os alunos com condições de pagar por uma universidade melhor com certeza o fariam, mas por parecer melhor que a universidade privada devido aos alunos, a universidade pública tem status de "melhor", o que acaba atraindo os próximos melhores alunos, num processo recursivo.
O "gratuita" tem aspas até não poder mais, porque todos pagam pela educação de poucos. Querer que exista universidade "para todos" é simplesmente impossível. Dizer que a universidade publica cria oportunidades é uma grande mentira. Uma tática que sempre uso na hora de mostrar aos meus colegas como a universidade publica é injusta é simples: Ta vendo aquele cara ali catando lata? Ele ta pagando a tua universidade.
Como no caso do meu emprego, pode parecer contraditório, mas apesar de estudar em uma universidade pública defendo a privatização das universidades publicas, mas isso acho que eu nem precisava dizer...
Postado por Giovani MacDonald às 9:21 da tarde 0 comentários
quinta-feira, junho 10, 2004
Os muros proximos a minha universidade estão todos sendo pixados com mensagens do tipo "Reforma do Lula = Privatização" ou "O povo quer universidade de graça". Fico pensando: Que tipo de idiota acha que o vandalismo é eficiente na defesa de ideias?
O pior de tudo é perceber que o objetivo dos vandalos, mesmo parecendo ridículo para mim, acaba sendo alcançado: Provavelmente muitas pessoas olham para os muros - obra de não mais que três ou quatro "estudantes" universitários que não tomam banho - e pensam "A voz do povo".
Quanto à mensagem que fala da universidade de graça, com ela até concordo: "o povo" quer tudo de graça. Juro que tenho vontade de comprar um spray e ir lá riscar a palavra "universidade" e trocar por "cerveja". Representaria melhor a "voz do povo".
Postado por Giovani MacDonald às 9:30 da tarde 0 comentários
"Quem disse que o governo não está fazendo nada?":
Sábado tem “Arraiá do Lula” na Granja do Torto
Dessa vez vai ser quentão, nada de uisque...
Postado por Giovani MacDonald às 9:11 da tarde 0 comentários
P-SOL?! Isso pra mim parece nome de banda...
Postado por Giovani MacDonald às 9:07 da tarde 0 comentários
domingo, maio 30, 2004
Eu já havia pensado nisso antes, mas uma situação me fez pensar no assunto novamente: Como é maliciosa a expressão "Ações Afirmativas".
Um garoto veio ao banco entregar a sua inscrição para o vestibular. Conferindo a inscrição para ver se ele não havia esquecido de preencher nenhum campo percebi que ele não havia respondido uma das perguntas do "questionário socio-economico". Perguntei porque e ele disse que não tinha entendido a pergunta: Qual sua opinião sobre as políticas de Ação Afirmativa.
Expliquei fazendo um esforço tremendo para ser "imparcial", mas quando percebi que ele estava quase colocando a opção "acho positiva", provavelmente seguindo o raciocínio do "se é afirmativa deve ser positiva", fui obrigado a intervir: "Olha, já que tu não sabe nem do que se trata acho que tu deveria colocar a opção 'não tenho opinião formada'". Deu certo.
Enquanto explicava eu pensava "coitado, não sabe nem isso, vai só desperdiçar o dinheiro da inscrição". Qual a minha surpresa quando chego em casa e vou contar o acontecido para minha irmã - que faz medicina na UFSC, de longe o vestibular mais concorrido do estado - e ela me olha com cara de interrogação: "Mas o que é ação afirmativa?".
Provavelmente depois vão pegar o resultado desse questionário e apresentar de boca cheia: Os brasileiros são a favor das cotas. Mentira.
Postado por Giovani MacDonald às 7:49 da tarde 0 comentários
quinta-feira, maio 27, 2004
Pensando bem, a contradição da qual falei no post anterior não chega a ser tão contraditória assim. A minha defesa da iniciativa privada é basicamente fundamentada na teoria do Pai da Economia, onde a busca do bem estar individual acaba gerando um aumento do bem estar geral. O problema é que essa equação acaba invertida quando é distorcida pela presença de um Estado excessivo.
Exatamente o que está acontecendo. A busca do meu bem estar foi redirecionada pela presença excessiva do Estado na economia (Tratando-se de bancos, o Estado deveria se limitar a um Banco Central emissor de moeda ou, segundo Hayek, nem isso). Eu estou sendo coerente com o que defendo fazendo o meu papel, ou seja, buscando o que é melhor para mim. O fato de o Estado ser mais atrativo exatamente porque ele extermina a iniciativa privada é uma distorção.
A contradição está apenas na minha consciência de que essa minha escolha acaba, indiretamente, prejudicando outras pessoas. O que poderia até ser interpretado como uma atitude de má fé. Aqui entra o velho "se não fosse eu seria outro", mesmo que eu não fizesse essa escolha, o prejuízo continuaria sendo feito.
p.s. - Aceitando e rebatendo (no mesmo nível) a provocação dos comentários: Não acredito que um 80º lugar em um concurso com mais de 70.000 candidatos possa ser considerado um "atestado de incompetência", mas quem sou eu para dizer...
Postado por Giovani MacDonald às 10:38 da tarde 0 comentários
terça-feira, maio 25, 2004
O número de posts aqui no blog deve diminuir um pouco, pelo menos até eu me acostumar com o horario do meu novo emprego. Se é que interessa a alguém, é num banco. Estatal. Acho que não tem muito o que explicar da contradição que é defender a iniciativa privada ao mesmo tempo que se é um "funcionário público". É uma simples questão de sobrevivência. Apesar de defender a diminuição do Estado infelizmente tenho certeza que, pelo menos por essas bandas, ainda vai demorar muito para fazer as pessoas entenderem como é importante essa diminuição, e enquanto isso não começar as empresas privadas vão continuuar quebrando aos montes.
Se eu por acaso perder meu emprego porque a diminuição do Estado começou sairei feliz da vida, porque sei que pra cada funcionário público que perde o emprego várias novas vagas podem ser abertas na iniciativa privada, então basta procura-las.
Postado por Giovani MacDonald às 10:42 da tarde 0 comentários
quarta-feira, maio 19, 2004
Esse texto foi colocado como comentário no post anterior.........Gostaria de salientar que não é o objetivo desse blog postar textos alheios, para esses basta um link, mas como esse foi postado como comentário não posso fazer isso. Se a pessoa que colocou isso nos comentários retirou o texto de algum outro lugar por favor me avise, assim colocarei apenas o link, já que, como eu disse, esse não é o objetivo do blog.
Como muitos já disseram, o artigo era do Olavo de Carvalho, coisa que eu cheguei a suspeitar pelo estilo, mas não pude conferir pois a página do filósofo estava fora do ar (se não me engano ainda está).
Muitas pessoas já me avisaram que o artigo era dele - agradeço a todas - e esse é exatamente o maior motivo pelo qual eu não gosto de postar textos alheios: provavelmente a maioria das pessoas que passam por aqui já os leu onde foram publicados originalmente, ou se não leram é porque acidentalmente passaram por aqui antes. O universo "destro" ainda é, infelizmente, muito restrito e por isso a maioria das pessoas que acompanha alguma coisa acaba acompanhando o resto, então postar escritos de outrém acaba sendo repetitivo. Sendo assim, peço que não o façam nos comentários também...
Postado por Giovani MacDonald às 6:09 da manhã 0 comentários
segunda-feira, maio 17, 2004
Hoje é dia de comemoração!
Hoje provavelmente* é o nosso "Tax Freedom Day", tudo que ganhamos até hoje foi pro buraco negro estatal, a partir de hoje começamos a trabalhar para nós mesmos.
Eu sei que é meio estranho comemorar esse dia. É algo como a comemoração da abolição da escravatura, onde se comemora o fim de uma coisa que não deveria ter acontecido e portanto seria melhor que não houvesse motivo para comemorar. Mas já que há...
O triste é que nessa comemoração não se pode beber muito, já que sendo as bebidas alcoólicas taxadas acima da média dos outros produtos, quando se gasta muito com bebidas alcoólicas acaba se atrasando ainda mais esse dia e ficando sem motivo para comemorar. A não ser que você seja o presidente e tenha o privilégio de beber com o dinheiro do contribuinte.
* - como eu disse em outro post (dia 11/4), o cálculo que encontrei resultava no dia 16, mas já alertava para um provável atraso devido a alguns aumentos de tributos que não entraram no mesmo...
Postado por Giovani MacDonald às 2:40 da manhã 0 comentários
quarta-feira, maio 12, 2004
Bom, agora que o governo provou sua incrível capacidade de transformar uma situação a seu favor numa contra, sou obrigado a contrariar o que disse ontem: A melhor reação acabou sendo da "oposição" (sempre entre aspas, infelizmente):
"...o governo mostra que não resiste a uma dose de democracia. Quem tomou essa decisão, na minha opinião, só podia estar de porre."
Bastou uma crítica para o governo deixar transbordar a tendência totalitarista característica dos esquerdistas...
Postado por Giovani MacDonald às 9:54 da tarde 0 comentários
terça-feira, maio 11, 2004
Chega a ser engraçado ver a indignação de membros do governo, chamando de "difamação" e "calúnia" uma afirmação que eles sabem muito bem, assim como todo brasileiro, é verdadeira: O Presidente bebe.*
Mais hilário ainda é ver a "oposição" se juntar ao coro, em uma reação ainda mais ridícula que a dos próprios integrantes do governo e partindo para o ataque aos EUA sem conseguir separar a figura do jornalista do seu país (até porque o próprio jornal, o NYT, pode ser chamado de "jornal de oposição" por lá), chamando a política externa americana de "política bebada". Aqui, é claro, entra muito de oportunismo, todo mundo sabe que hoje em dia falar mal dos EUA por essas bandas é cool.
Com fotos como essa ali do lado, que é uma de muitas que comprovam o que é dito no artigo, fica bem difícil fazer alguma coisa que não seja espernear mesmo. A única reação inteligente seria aproveitar o conselho do Diogo Mainardi e fazer Lula parar de beber, pelo menos em público...
* - O link para a matéria do NYT precisa de cadastro, é de graça, mas precisa...
Postado por Giovani MacDonald às 12:31 da manhã 0 comentários
segunda-feira, maio 10, 2004
'Governo por si só não gera emprego', diz Berzoini
O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse não acreditar que "o governo possa por si só gerar empregos, salvo as contratações nas estatais e no setor público".
Uma das poucas vezes que concordo com alguém do Governo, ou será que é ele que concorda comigo? Já que eu falei praticamente a mesma coisa em um post do dia 2 de Maio?
De qualquer maneira, o ministro ao mesmo tempo que acerta no problema, passa longe da solução. Na entrevista falou muito e em nenhum momento passou perto da solução mais lógica - e muito provavelmente a única - para o problema, como eu disse antes, a redução dos impostos.
Postado por Giovani MacDonald às 10:41 da tarde 0 comentários
China estabelece controle de preços contra inflação
É...pelo jeito essa mania, quase masoquista, de aprender quebrando a cara ao invés de aproveitar experiências históricas para evitar perda de tempo - e algumas vezes vidas - não é exclusividade do Brasil...
Postado por Giovani MacDonald às 10:33 da tarde 0 comentários
Ainda sobre o caso das fotos mostrando o maltrato e humilhação* de prisioneiros iraquianos repito que acho que essa prática não é exclusiva dos americanos** e muito menos da guerra.
Um fato que só fiquei conhecendo depois de afirmar isso pela primeira vez, mas que reforça a afirmação, é que muitos dos soldados envolvidos no episódio eram agentes carcerários antes de irem para a guerra, ou seja, essa prática já devia fazer parte das vidas deles antes de entrarem para o exército.
O crime não é menor por causa disso, mas é uma gande hipocrisia fazer o estardalhaço que se está fazendo por causa dessas fotos enquanto a mesma coisa, ou pior, acontece em vários outros lugares, muito provavelmente em seu país. O fato de as fotos terem aparecido acaba sendo um ponto positivo. Possível apenas em uma democracia. Pior para os presos dos quais as fotos não aparecem, que vão continuar sendo humilhados...
* - não gosto da expressão "tortura", porque pelo menos no que eu entendo, a tortura não é um fim e sim um meio - condenável claro - de se conseguir alguma coisa, normalmente informações, o que não parece ser o caso. Mas aqui sei que não adianta cobrar sobriedade no uso dos termos, a situação acaba sendo a mesma da palavra "massacre". No dicionario dos jornalistas a definição deve ser algo como "Massacre: Assassinato de duas ou mais pessoas".
** - qualquer um que tenha assistido a um filme sobre a vida em prisões deve ter visto coisa parecida, o próprio "Carandiru" deve ter cenas que lembram essas fotos, só não posso afirmar porque não assisti, infelizmente não assisto filmes brasileiros, por recomendação médica)
Postado por Giovani MacDonald às 1:16 da manhã 0 comentários
sexta-feira, maio 07, 2004
A pagina da BBC Brasil está fazendo um fórum com a pergunta: "Qual é a melhor maneira de gerar empregos no Brasil?". Algumas respostas são inacreditaveis, essa por enquanto está ganhando:
"A única maneira de acabar com o desemprego é acabar com o emprego. Este sistema está falido, e tem de ser substituído por cooperativas de trabalho que associem toda a mão-de-obra de uma região, distribuindo entre todos o resultado do trabalho dos associados ativos."
Outra boa é essa:
"Os trabalhadores deste país devem se unir para acabar com o capitalismo, que é um sistema opressor, só o socialismo irá oferecer uma sociedade sem classes e igualitária! Socialismo ou Barbárie!"
É interessante perceber que as duas foram dadas por gaúchos.
Mas botando de lado essas idiotices, é bom perceber que a resposta que mais aparece é a mais sensata (apesar de não passar perto da agenda dos políticos): redução da carga tributária.
Isso quase me faz começar a ter esperança que isso aqui um dia ainda dê certo...
Postado por Giovani MacDonald às 1:50 da manhã 0 comentários
Algumas notícias eu simplesmente não sei como os jornalistas conseguem repassar sem morrer de rir. Pensei nisso ontem, enquanto assistia no Jornal Nacional, não-lembro-quem anunciando que, devido aos atentados em Atenas, vai ser enviado um - eu disse UM - delegado para garantir a segurança da delegação brasileira nas olimpiadas.
Acabei pensando no assunto de novo agora, ao ler essa manchete: Ambev garante que vazamento só ocorreu para a imprensa
É impossivel imaginar alguém escrevendo uma manchete dessas com cara de sério...
Postado por Giovani MacDonald às 1:29 da manhã 0 comentários
Sinceramente não sei o que poderia estar procurando alguém que chegou aqui procurando por "Lula penn state eritrea"...
Postado por Giovani MacDonald às 1:20 da manhã 0 comentários
quinta-feira, maio 06, 2004
Ainda não entendi porque estão chamando de "derrota do governo" o arquivamento da MP dos Bingos. A medida provisória foi editada com o único objetivo de abafar o caso Waldomiro, tarefa que cumpriu com sucesso. A proibição dos bingos nunca foi o objetivo, até porque como estava prestes a ser investigado, os bingos seriam uma grande fonte de recursos para campanhas de políticos do PT. Agora, véspera de eleições, a medida é arquivada e a torneira de recursos é reaberta, mais do que em tempo de financiar as campanhas.
Pode parecer uma teoria da conspiração, mas acho que essa medida já tinha o arquivamento previsto - e planejado - quando foi editada e a votação só foi tão próxima para não deixar muito na cara. Vitória dupla para quem fica com o dinheiro e ainda com a fama de "defensor da moralidade", nada de derrota.
Na verdade acho que a única parte que falta entender mesmo é a separação entre o partido e o governo, mas isso fica cada dia mais dificil, principalmente quando se tem estrelas vermelhas nos jardins...
Postado por Giovani MacDonald às 1:43 da manhã 0 comentários
Sem pedir deculpas por tortura, Bush tenta acalmar árabes
Que as manchetes são na maioria tendenciosas eu não preciso falar de novo, mas essa aí é de um mau-caratismo acima da média. É óbvio que o Presidente Americano não pediu desculpas, já que começou o discurso dizendo que o ocorrido é simplesmente indesculpável. Coisas parecidas devem ocorrer em presídios de quase todo o mundo, no Brasil então nem falo. Repito, não por isso deixam de ser indesculpáveis, devem ser todas investigadas e o culpados levados à justiça, mas não passam nem perto da gravidade que estão tentando dar a essas imagens, como por exemplo comparando-as às torturas ocorridas durante o regime de Saddam Hussein.
Mr. Manson, do Cocadaboa, que não pode nem de longe ser chamado de "direitista", faz uma piada bem pertinente:
Tortura dos EUA no Iraque? Fala sério! Olhando bem para as imagens concluí que o lance tá mais light e menos humilhante do que os trotes que já presenciei na UFRJ.
Postado por Giovani MacDonald às 1:12 da manhã 0 comentários
terça-feira, maio 04, 2004
Para quem discordou de mim quando eu falei que o governo está fazendo mais, muito mais, do que devia, aqui vai a prova definitiva que o governo anda muito ocupado:
Governo federal lança CD com hino do Fome Zero
Postado por Giovani MacDonald às 11:11 da manhã 0 comentários
domingo, maio 02, 2004
O governo vive dizendo que vai "criar não-sei-quantos empregos". Mentira. O Estado não cria empregos, quem cria empregos é a iniciativa privada. A única coisa que o Estado faz é atrapalhar, impedindo a iniciativa privada de criar os empregos. O governo dizer que criou empregos é a mesma coisa que o assassino dizer que criou vida por ter deixado de matar. Incluindo a possibilidade de o assassino tentar matar mas a vítima conseguir fugir.
Os únicos empregos que o governo tem capacidade de criar ele já criou, empregando "companheiros". O problema é que cada emprego desse tipo custa o emprego de várias pessoas.
Postado por Giovani MacDonald às 9:24 da tarde 0 comentários
"Enquanto a redução da carga tributária não entrar na agenda dos governantes não haverá desenvolvimento algum no Brasil."
Essa frase do artigo de José Nivaldo Cordeiro resume meu desanimo sempre que vejo alguém falar sobre desenvolvimento no Brasil. Parece simples, e é. Claro que tem várias consequencias, já que com uma carga tributaria menor o governo tem menos dinheiro pra gastar e acaba tendo que cancelar os programas ditos "sociais", mas isso é o de menos. Quem quer trabalhar não precisa de programas sociais.
Postado por Giovani MacDonald às 6:59 da tarde 0 comentários
quarta-feira, abril 28, 2004
Acabo de assistir, em um documentario, a um pedaço de um discurso de Hitler no qual ele acusa "os judeus que trabalham em instituições financeiras pelo mundo" de tentarem iniciar uma guerra mundial. Isso não me é estranho...
Postado por Giovani MacDonald às 5:38 da manhã 1 comentários
Acho que um dos motivos pelos quais o número de posts tem diminuído consideravelmente é porque uma das minhas maiores fontes de inspiração para posts sempre foi ler jornais. Agora além de eu não ter mais tanta disposição para fazer isso (em uma época chegava a ler cerca de 20 jornais - eletrônicos é claro - por dia, agora leio no maximo 3 ou 4, quando leio...), parece que eu já falei sobre quase tudo, as noticias já não podem mais ser traduzidas para o inglês porque de novidade elas não parecem ter nada, parece que tudo sobre os assuntos envolvidos nas noticias já foi exposto em outras ocasiões. Comecei a pensar isso quando senti vontade de escrever sobre o crescimento da China, que é sempre colocado como vitória e demonstração de viabilidade do comunismo, e que eu considero uma simples reflexão da gradual abertura, um simples ajuste ao que seria a "ordem natural", sendo o maior país do mundo (entendendo como país o conjunto população e território), o natural seria que fosse o maior mercado do mundo e consequentemente a maior economia. Só não o é por causa do comunismo e não o contrario, mas aí lembrei que já escrevi sobre isso...
Outra coisa que me fez pensar nisso foi esse folheto aí do lado, que minha irmã me trouxe hoje. Já falei aqui de um amigo, que fez uma chapa para concorrer ao Centro Acadêmico do curso dele (e por sinal ganhou), e que, apesar de termos estudado muitos anos juntos e continuarmos nos falando por pelo menos 5 anos após o termino do colégio - enfim, é uma pessoa que eu considero amigo e não apenas colega - parecia que eu simplesmente não o conhecia. Pois ele me surpreendeu mais uma vez agora que é época de eleição para o CA novamente.
É tão absurdo que quase não é preciso comentar, mas a parte que eu mais gostei foi a que eles se propõem a "tomar o que é nosso", isso claro "sem se perder em legalidades". É assustador pensar que esses são estudantes de Direito, futuros juízes, prometendo "não se perder em legalidades".
Também gostei da parte em que dizem que têm "princípios definidos e claros", mas na hora de expô-los citam "anticapitalismo", considerando a concepção de "capitalismo" do "senso comum", que é tão fluida que dizer isso de transparente não tem nada. Depois dizem "defender as bandeiras históricas do movimento estudantil", sem nunca definir quais são essas bandeiras. Para terminar falam de sua "postura diante de injustiças e opressões", hãã...bonito não? Transparente como petróleo...
A parte em que prometem ser "intransigentes" também é interessante, mas nessa parte eu sou obrigado a dar o braço a torcer e concordar em parte: eu também sou muitas vezes intransigente quando se trata do que eu acredito.
p.s. - desculpem se o post ficou um pouco enrolado, mas eu tinha que enrolar um pouco para chegar no tamanho da figura. Eu uso a resolução de 1024x768 e tento deixar o "design" do blog adaptado para essa resolução, quem usa 800x600 deve estar pensando "mas o post ficou bem maior que a figura", bom...não se pode agradar a todos. Essa explicação também faz parte da enrolação...
Postado por Giovani MacDonald às 4:35 da manhã 0 comentários
sexta-feira, abril 23, 2004
Genoino assina protocolo de colaboração com PC chinês
Partido Comunista da China = PCC ?
Hm...não...comparação infeliz...o Primeiro Comando da Capital nunca conseguiria matar tanta gente.
Postado por Giovani MacDonald às 2:01 da manhã 0 comentários