sexta-feira, agosto 08, 2003

Acho que aqui vou irritar alguns, até porque não estou com paciência de revisar esse post, mas paciência:

Eu acredito que a melhor maneira de acabar com o trafico de drogas é a legalização das mesmas. Assim como a melhor maneira de acabar com o contrabando é derrubando barreiras, e também como o melhor jeito de acabar com a sonegação é diminuindo os impostos (acabar com eles seria mais simples e eficiente, mas isso é impossível, ainda acredito que o Estado tem alguma função, pequena, mas tem).

Acabar com o consumo de drogas é impossível, isso é uma regra: Se existe, alguém vai usar. E se alguém estiver disposto a comprar, sempre vai aparecer alguém para vender -- Isso é uma regra de mercado. A ilegalidade só faz criar um "mercado paralelo", com o seu respectivo "Estado paralelo". (A Função do Estado é garantir o direito de propriedade, direito esse que é pré-requisito fundamental para o funcionamento do mercado, ficando portanto a existência do Mercado subordinada a existência do Estado)

Não vou aqui usar o mais do que gasto exemplo da Lei Seca nos EUA, mas seria pertinente.

As drogas são ruins? Sim, mas isso é problema de quem as usa, se querem entupir os narizes, veias e neurônios de veneno azar o deles. Mas que fique claro que, quando chegarem ao "fundo do poço", eles não podem se declarar "vítimas da sociedade", nem "vítimas das drogas", que não passam de substancias como qualquer outras, são vítimas deles mesmos.

A questão aqui é de liberdade, a liberdade de dispor de sua propriedade como bem entender, propriedade essa, que é a mais elementar: A propriedade sobre o próprio corpo. Acabo aqui defendendo também o direito ao suicídio, mas isso deixo pra outra hora...

Quem tem o dever de "proibir" as drogas são as pessoas, mais especificamente as famílias. Não com leis, e sim com educação. Não se pode fugir dessa obrigação esperando que o Estado a cumpra, tendo assim que desfocar de sua principal, e utopicamente única, função: a da garantia do direito de propriedade.

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