sábado, fevereiro 26, 2005

Eu sei que jornalistas nunca foram muito bons com números, mas isso aqui é ridículo:

O número de soldados americanos mortos no Iraque já chega a 1.480, segundo contagem oficial divulgada pelo Pentágono nesta sexta-feira. As baixas incluem 1.300 soldados mortos em combate e outros 350 em episódios como acidentes de carro ou avião.

1.300 + 350 = 1480 ?!?

O numero de soldados mortos em combate hoje* é de 1132. A torcida fez uma diferença de quase 15%...

"Eu duvido que o presidente estivesse sóbrio", diz Peres

O senador Jefferson Peres (PDT-AM) apresentou hoje um requerimento de convocação para o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, explicar as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva feitas ontem, no Espírito Santo. Ao comentar a atitude do presidente, Peres disse que duvida "que o presidente estivesse sóbrio".

DVD clandestino satiriza a polícia cubana

Satirizando o aparato de segurança do Estado comunista cubano, um DVD clandestino circula pela ilha com um vídeo de curta-metragem em que dois agentes secretos chegam a uma casa e pedem que o dono lhes indique os melhores lugares para instalar escutas. "Viemos pôr os microfones", diz um dos agentes. "Onde é que você fala mal do governo?", um agente pergunta ao morador da casa, "Em qualquer lugar", responde o morador. "Na cama, na cozinha". Para testar as escutas, um dos agentes pede: "Digam alguma coisa subversiva". O morador resolve cooperar e diz: "Queria ter uma antena parabólica". Essas antenas são ilegais em Cuba, mas muitos cubanos gostariam de tê-las, para captar programas de TV estrangeiros. A maioria dos cubanos não possui aparelhos de DVD ou computadores equipados para exibir o disco, mas o curta vem sendo exibido na ilha.

Quem fez o filme com certeza não ganhará nenhum oscar, muito menos poderá em seu discurso dizer "Shame on you Fidel, shame on you", na verdade deve estar é morrendo de medo de não ser 'indicado' para outra coisa. Mas enfim, morar em Cuba que é bom...

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Sempre que escutei a expressão "Estado babá" foi em merecido tom pejorativo. Não mais:

Estado é uma mãe que vai dar atenção ao filho fraquinho, diz Lula

Não é difícil imaginar a cena: Sinhozinho Dirceu dando um tapa na própria testa, de olhos fechados, e soltando um "d'oh" no melhor estilo Homer Simpson sempre que o molusco abre a boca "de improviso"...

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Dicionário de Português Canhoto. I

Agricultor, s.m. Trabalhador rural que não necessariamente trabalha com a terra pois via de regra não possui terra. Herói incontestavel, desculpado automaticamente de qualquer delito quando reconhecida sua condição de vítima indefesa da sociedade capitalista injusta e cruel. Antônimo: Fazendeiro.

Fazendeiro, s.m. Proprietario de terras. Não trabalha em nada e fica em casa apenas contando o dinheiro que ganha com o desmatamento e a exploração do trabalho escravo. Vilão indefensável, quando não consegue abusar de seu poder economico para comprar a reintegração de "posse", oraganiza milícias fortemente armadas para promover massacres de agricultores inocentes. Antônimo: Agricultor.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

As vezes é interessante brincar de quebra cabeça com manchetes:

Justiça decreta segredo no caso da freira assassinada no Pará logo depois que a Polícia diz que não divulgou nome de petista acusado por Rayfran, e misteriosamente o Pistoleiro (que) acusa (o) petista, recua, e diz que fazendeiro o contratou.

Essa ultima me lembra a piada da competição entre as policias federais, na qual o objetivo é caçar um porco na floresta, o FBI traz o porco em 20 minutos, a Scotland Yard em 10, e a PF brasileira volta em duas horas, com um cachorro todo machucado dizendo "eu sou um porco, eu sou um porco". Acho que era assim...

Tambem é interessante prestar atenção nessa sequencia de fatos:

Soldados israelenses mataram um ex-prisioneiro palestino, libertado em uma troca, que estava tentando realizar um outro ataque terrorista, isso no momento em que Israel liberta mais 500 prisioneiros.

domingo, fevereiro 20, 2005

"Confusão partidária" é culpa de FHC, diz Genoino

Mentira. A culpa não é só do FHC, é também do FMI e do imperialismo americano.

O mais triste é ouvir esses esquerdistas se autodenominando "progressistas", ou revolucionários. Eles simplesmente não saem do mesmo lugar...

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Para quem ainda se esforça em acreditar que Abbas é "uma nova chance para a paz":

Abbas okays 'collaborator' executions

Palestinian Authority Chairman Mahmoud Abbas has ratified death sentences against three Palestinians found guilty of "collaboration" with Israel. It is not clear when the three men, whose identities were not revealed, will be executed by firing squad...the three were Gaza Strip residents who had been convicted of "high treason" for tipping off Israeli security forces about the whereabouts of wanted gunmen.

Com os israelenses tentando fazer a sua parte, parece que a palavra "unilateral" agora pode ser usada com mais propriedade.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Depois de importar direitos humanos da China o Brasil agora vai exportar educação.

Como proximo passo proponho a importação de tecnologia agricola da Somalia e a exportação de políticos honestos, quem sabe para a Finlandia.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Diario Catarinense hoje. Não poderia ser mais contemporâneo...

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Lula compara governo FHC com "vendaval na Ásia"

Sem comentários...

sábado, janeiro 29, 2005

Jornal da Globo ontem:

"...o que ficou claro é que o povo brasileiro não aceita mais aumento dos impostos sem uma justificativa..."

Se tiver justificativa tudo bem, pode aumentar!

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Depois de tanta propaganda até eu tinha quase certeza que, independete de quem fosse o concorrente republicano, a senadora Hillary Clinton já tinha as eleições presidenciais de 2008 nas mãos. Claro que bastou uma sugestão de candidato republicano para que essa ingrata certeza se esvaísse:

Could Condi Rice Be President?
The reasons liberals detest her: she's a woman, a Christian, an academic, Black and a Republican!

Seria muito divertido ver uma candidatura dessas...

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Se existem duas coisas que esse governo sabe fazer - não no sentido de fazer bem mas de fazer muito - é gastar dinheiro e chamar as pessoas de burras. Aqui um exemplo que une os dois:

Após críticas, governo especifica gastos do cartão de crédito corporativo

Após as críticas dos partidos de oposição sobre os gastos do governo com o cartão de crédito corporativo, o Ministério do Planejamento alterou o decreto que regula o uso desse instrumento de pagamento. Entre as mudanças está a própria designação do cartão, que passará a se chamar "cartão de pagamento do governo federal (CPGF)". O decreto determina, por exemplo, quais tipos de despesa podem ser pagas com o cartão do governo. São elas: compra de material, prestação de serviços e diária de viagem a servidor.

O decreto muda o nome do cartão e limita seu uso a compra 'materiais' ou serviços. Agora sim! Só um pergunta: Existe alguma coisa que pode ser comprada com um cartão e não é nem material nem serviço?

Não é a primeira vez e com certeza não será a ultima que o governo inventa uma medida completamente absurda, que acha que vai passar despercebida, e depois da gritaria geral muda alguns pontos totalmente irrelevantes e a implanta.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Lei estabelece tempo de espera em filas de banco em SP

Sempre o Estado querendo se meter onde não deve. O único consolo é que exatamente por ser simplesmente impraticável, essa lei não vai "pegar" (coisa que só deve existir no Brasil, essa de lei "pegar ou não").

Não é culpa dos bancos que todos os clientes resolvem ir às agencias no mesmo dia. Se a culpa é de alguém, é exatamente do próprio Estado, que faz os pagamentos no mesmo dia e, principalmente, cobra os muitos impostos no mesmo dia: o famigerado dia 10, que é de longe o pior dia para ir ao banco.

É impossível para o banco colocar uma bateria de caixas que suporte o dia 10 sem filas e que fique ociosa em todos os outros dias do mês. Sem contar que o tempo estipulado é simplesmente ridículo, já fiquei (pra quem não sabe, sou caixa de banco) pelo menos o dobro desse tempo atendendo um único cliente (tentem contar R$50.000 em notas de R$50 e R$10 em 15 minutos). Sempre vão existir os contadores, despachantes e boys, que dificilmente levam menos de 20 minutos para ser atendidos.

É interesse do banco que seus clientes sejam bem atendidos, para isso o banco disponibiliza para os clientes outras maneiras de realizar as operações bancarias sem precisar ir até a boca do caixa, tentando facilitar a vida dos clientes, mas muitos deles ainda tem medo de usar a internet e os caixas eletrônicos e acabam indo para o caixa. Mas é uma questão simples de matemática, no dia que existem muitos clientes para atender, o tempo que cada um vai esperar para ser atendido será maior. Querer mudar isso com uma lei é a coisa mais idiota que um burocrata poderia imaginar.

E se essa lei pegar - ultimamente não duvido mais de nada nessa zona que chamam de país - a sua maior conseqüência vai ser o simples aumento das tarifas e taxas bancarias. Só um idiota não vê isso: uma medida completamente contraproducente como o aumento de pessoal para passar a maioria do tempo ocioso vai aumentar o custo do banco, que vai prontamente repassar esse custo aos clientes. E pra variar, os cidadãos pagam pela ignorância dos governantes. Pensando bem, a maioria deles merece. O problema é a minoria que não tem culpa...

Lula fará contato no Oriente Médio para tentar solucionar seqüestro

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ligar para uma "importante liderança" do Oriente Médio para tentar um desfecho favorável para o seqüestro do engenheiro...O ministro não quis informar o nome da liderança "para não atrapalhar as negociações.

Quem será essa "importante liderança"? Acho que essa declaração já justifica uma intervençao militar americana aqui no Cubão.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Não sei o que pretendiam os ativistas que organizaram protestos para a posse do presidente americano (alguns até ameaçando usar violência), só sei que o tiro pode sair pela culatra e deixar exposta uma verdade que muitas vezes é esquecida (propositalmente ou não): Protestos não representam a opinião de ninguém a não ser daqueles que estão lá protestando.

Uma meia duzia de gatos pingados, empunhando bandeiras e cartazes enormes (que escondem a escassez de pessoas), levando tambores e apitos (que fazem mais barulho do que aquele pequeno grupo conseguiria sem os instrumentos) e usando roupas de cores chamativas não representa de maneira alguma "a voz do povo".

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Leis típicas de ditadores:

Beginning on Feb. 7, smoking will be prohibited in theaters, stores, buses, taxis and other enclosed public areas under a new resolution (...) Smoking will also be banned in indoor restaurants except in designated smoking areas. Cigarette machines will be removed.

Não fumo e não gosto que fumem perto de mim, mas acho que a questão é muito simples e não passa nem um pouco perto de leis: Cada um cuida do que é seu. O Estado quer proibir que fumem dentro de predios publicos, tudo bem. Agora, dentro do meu restaurante que decide se vão fumar ou não sou eu. Se eu decidir que vão fumar e você não gosta, não vá ao meu restaurante. Assim como se você quer fumar e eu decidi que no meu restaurante não se fuma, vá a outro.

As vezes, como o Alexandre, tenho vontade de começar a fumar só por causa da campanha antitabagista....

As vezes fica até dificil de distinguir se é torcida, desinformação proposital ou simples falta de conhecimento mesmo:

Democratas seguram confirmação de Condoleezza Rice

Ele disse que o partido não pretende impedir Rice de assumir o cargo, e previu que ela terá aprovação final do plenário dentro de poucos dias. O comitê de Relações Exteriores havia dado a aprovação preliminar a Rice horas antes, pelo placar de 16-2 - surpreendente, em vista das duras críticas que ela recebeu durante sua sabatina pelos membros da comissão.

Esse resultado só é "surpreendente" pra quem nem pelo menos pesquisou quem são os dois que votaram contra: Barbara Boxer, algo como a Heloísa Helena do Partido Democrata, e o perdedor magoado John Kerry.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Por que diabos existe no Brasil - principalmente na mídia - essa necessidade de encontrar um culpado por situações que simplesmente não tem culpado?

Um jogador tem um ataque do coração e morre em campo e criam-se milhares de investigações e inquéritos para "apurar responsabilidades", um alpinista tenta fazer uma escalada arriscada e, sem sucesso, morre. Começa de novo um escarcéu para buscar um culpado. "Alguém tem que pagar". A palavra acidente pode simplesmente ser banida do dicionário.

Acompanhando isso sempre a palavra "negligência", como se ninguém tivesse capacidade de cuidar de si mesmo, sendo assim deve sempre haver uma outra pessoa - ou um grupo delas - responsável por zelar pela segurança dos outros. E se acontece um acidente então foi porque essa pessoa não fez seu trabalho e deve então "pagar", para que "justiça seja feita".

Pode até ser que seja forçar um pouco, mas não acho muito difícil relacionar isso com o crescimento do Estado, em forma de "Estado babá", que deve cuidar de todos já que são uns acéfalos que não têm capacidade de cuidar de si mesmos e precisam de um iluminado que os guie pelo caminho certo e seguro.

Até acho que está demorando demais para começarem a procurar culpados pelo tsunami na Asia, mais epecificamente a procurar uma maneira de culpar os EUA pelo tsunami. Um teste nuclear ou alguma coisa parecida...

Falar de política nesse país está tão chato que acho que devia me preocupar com questões mais importantes e filosóficas como a que me acometeu recentemente e que chamei de "Paradoxo do carrinho de supermercado":

Quando você passa as compras pelo caixa do supermercado, ao colocar as compras de volta no carrinho você tenta colocar os produtos mais pesados embaixo deixando os mais leves e frágeis em cima, para que não amassem. Só que ao transferir as compras para o porta-malas do carro as compras mais frágeis estarão em cima, tendo que ser primeiro retiradas para que os produtos mais pesados sejam colocados no porta-malas, só que esses produtos tem que ser colocados primeiro no porta-malas, já que dentro do porta malas eles também deverão ficar sob os mais frágeis para que estes não sejam danificadas.

Acho que vou escrever um livro sobre isso...

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Apesar de concordar com 97,5% do que o tio Olavo diz, até eu achava um pouco de exagero a sua insistência na estratégia de tomada de poder dos petistas. Mas a medida que o tempo passa, tudo vai ficando tão claro que estou pensando em começar a procurar onde eu estou errado nesses 2,5.

A "tomada indolor do poder" começando pelas eleições que deram ao partidão o controle do executivo e legislativo, passando pelo controle do judiciário (controle externo do judiciário), tendo assim os três poderes nas mãos. Partindo daí (não necessariamente nessa ordem) para o crescimento exponencial do Estado (criação de milhares de secretarias), da expropriação através dos impostos (35% de imposto de renda) fazendo com que as empresas não tenham como continuar a não ser pela ajuda do toque abençoado do Leviatã (PPPs). Terminando com o controle da mídia (Ancinav), que pinta tudo como uma maravilha.

Todos caminham em fila, felizes da vida, em direção ao matadouro. E na hora que se derem conta vai ser tarde demais, até porque não vão ter como se defender (Estatuto do Desarmamento)

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Só imagino o sorriso no canto da boca de quem escreveu essa manchete:

José Alencar gasta R$ 80 mil com novo enxoval do Jaburu

54% acreditam que Lula trabalha muito

63% acham que Lula é democrático.
61% o consideram "muito inteligente".
69% o presidente é sincero.

Fico imaginando quais seriam os numeros do Coelhinho da Pascoa...

domingo, dezembro 12, 2004

Desculpem a falta de atualizações, mas final de semestre sabe como é...

quarta-feira, novembro 24, 2004

Para qualquer pessoa normal, em qualquer lugar civilizado do mundo, um projeto de lei que pretende controlar os nomes que os donos dão aos seus animais de estimação soaria como piada. No máximo seria, pelos poucos que ainda o levassem a sério, considerado uma forma de criticar ironicamente a futilidade do trabalho do legislativo. No Brasil? Bom, no Brasil...

Mas até que uma palhaçada dessas tem seu lado bom, na verdade dois lados: o primeiro é exatamente mostrar como as leis, principalmente brasileiras, em sua maioria não passam de devaneios totalitários, servindo como exemplo perfeito de lei inútil; o segundo é fazer com que os nossos queridos legisladores fiquem ocupados e não tenham tempo de se meter em questões mais importantes, já que se o fizessem acabariam atrapalhando ainda mais as nossas vidas.

Só que existe mais um problema, que por sinal é parecido com o problema criado pelos projetos de criação de cotas: Quem vai decidir o que é nome de gente e o que não é? Vai ter muita gente se sentindo "constrangida" quando seus nomes não forem considerados 'de gente'...

(Na foto a minha cadela, Brigitte)

sexta-feira, novembro 19, 2004

Paulo Leite está de endereço novo. Mas pelo jeito eu só descobri agora que parece que ele já abandonou esse também...

segunda-feira, novembro 15, 2004

Cutucando Vespeiro

Essa é para quem - como alguns fizeram nos comentarios - ainda acha que Arafat era uma voz "moderada" e que com ele a chance de se alcançar a paz era maior:

Zachariah Zubeidi, head of al-Aqsa Martyrs Brigades in Jenin, said he would not abide by the decisions of the central committee of Fatah, the dominant faction of which Arafat was commander-in-chief, unless it explicitly recognised the militants as its armed wing. “With Abu Amar [Arafat], I could be confident that I could handle resistance to the Israeli occupation knowing that he was taking care of the political work,” Mr Zubeidi told the Financial Times at a safe house in Jenin. “Now I am uneasy.”

Algo como "com ele eu sabia que eu podia fazer o que queria que ele limpava a barra".

Como disse James Lileks (via BOWT): "All you need to know about Arafat was that he insisted on wearing a pistol when he addressed the UN General Assembly. And all you need to know about the UN, I suppose, is that they let him."

Chega a ser engraçado ver as distorções, mais do que calculadas, nos jornais brasileiros:

Hungria vai retirar tropas do Iraque após decisão do Parlamento.

Uma manchete dessas levaria qualquer um a achar que o parlamento hungaro resolveu, através da decisão, retirar tropas que sem a decisão continuariam no Iraque. Mas lendo o corpo da noticia com um pouco de atenção não é isso que foi decidido:

O Parlamento húngaro rejeitou uma proposta para estender a permanência dos 300 soldados do país no Iraque. A decisão obriga Budapeste a retirar seu contingente militar do país até o final deste ano. O governo obteve 191 votos favoráveis e 159 contrários à proposta para que as tropas ficassem no Iraque até o final de março, mas eram necessários dois terços dos votos para aprovar o projeto.

Ou seja, as tropas já iriam sair, o que estava sendo votada era a possibilidade de prolongar a estadia. Mas por essas bandas, só faltou insinuar alguma relação entre a decisão e algum refém decapitado no Iraque...

Bem vindos ao paraiso:

Cuban Entertainers Plan Mass Defection
Cuban members of a theatrical production in Las Vegas plan to seek asylum in the United States, leaving families behind and defying their government, the show's founder and creator said Sunday.

terça-feira, novembro 09, 2004

Fidel Castro se quebrou, Bush se reelegeu e Arafat morreu. Alguma coisa muito ruim deve estar prestes a acontecer pra compensar...

quarta-feira, novembro 03, 2004

segunda-feira, outubro 25, 2004

Uma coisa que me deixa intrigado - e as vezes um tanto irritado quando as pessoas que o fazem estão comigo - é a mania de dizer "não tenho" quando alguém pede esmola. Não pelo fato de ser uma mentira, já que sendo uma mentira que tanto quem fala como quem escuta sabe que não é verdade portanto o objetivo de enganar, caracteristico da mentira está descartado.

Essa mentira serve normalmente como um eufemismo para um 'não'. Quase uma forma educada de dizer não. Aí que entra o objeto da minha irritação: por que diabos seria falta de educação simplesmente dizer que não? Ou se ainda se quiser ser 'educado' dizer "tenho mas ele não esta sobrando, vou precisar dele". Por que eu tenho a obrigação de dar o meu dinheiro para qualquer um que o peça só porque tenho - ainda que não muito? Por que eu deveria ter vergonha de ter o dinheiro, e portanto ter que me desfazer dele?

Fazendo uma volta um tanto grande - mas não tanto - acho que isso tem uma ligação muito grande com a mentalidade brasileira que nos mantém no terceiro mundo, e que se não for mudada vai fazer com que fiquemos por aqui eternamente.

Nem vou entrar aqui no famoso "estou pedindo não estou roubando", como se ao pedir dinheiro a pessoa estivesse nos fazendo um favor, já que o default seria ela estar roubando. Enfim, já falei disso mais do que queria.

Sempre que alguém me pede esmola eu simplesmente digo que não. Não devo explicação nenhuma a alguém que está me pedindo dinheiro.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Um sorriso no canto da boca ao ver essa foto me faz lembrar que essa conversa de "não desejo mal a ninguém" tem sempre as suas exceções. Meu unico medo é lembrar que esse sorriso é o mesmo que vi em muitos rostos no dia 12 de setembro de 2001...

Detalhe para a legenda da foto (na Folha Online, mas o link deve mudar amanha): "O presidente cubano, Fidel Castro, cai durante cerimônia de formatura fraturando um joelho e ferindo um braço, na cidade de Santa Clara ". Tudo bem não usar a palavra Ditador, mas nem pelo menos umas aspas nesse 'presidente'?

Alguém sabe por onde anda o Alvaro Velloso?

domingo, outubro 17, 2004

Como diria o Best of Web Today, "stop the presses":

NY Times declara apoio a John Kerry

Para qualquer um que acompanha o "cenário" americano isso não é novidade nenhuma, já para quem acompanha as noticias de lá pelos jornais de cá, que são praticamente todos traduções do que sai no NYT ou ainda distorções do que o próprio NYT já distorceu para manter a sua "linha editorial", ou seja, um jornal Democrata, pendendo para o lado esquerdista do partido (por lá chamado de "liberal").

Como todas noticias que vêm de lá chegam através do NYT, não é de se espantar que toda a cobertura das eleições americanas que vemos é anti-Bush. Até o próprio editorial do NYT, no qual ele assume sua posição nada imparcial, aponta a tendência mais forte no partido democrata: o anti-Bushismo. Praticamente todos os americanos que irão votar em Kerry não o farão por admiração ao candidato democrata e sim por odiar Bush. Só resta saber se esse "voto do ódio" é suficiente para eleger um presidente.

A surpresa fica só pra quem ainda se esforçava para achar que o NYT era um jornal imparcial. Façanha que só podia ser conseguida pela falta de um objeto de comparação.

Não critico o jornal por "tomar" um lado, particularmente acho que ninguém é imparcial. É praticamente impossível controlar o que se fala e como se fala sem deixar que a opinião de quem esta falando fique evidente, mesmo que se consiga fazer isso, o que se deixa de falar também faz com que se seja parcial. Critico sim a pose de imparcial quando a parcialidade é mais do que escancarada.

quinta-feira, outubro 14, 2004

"Estão dizendo por aí que vou dispensar pessoas. Mentira. Eu não só não vou dispensar como vou aumentar as equipes do funcionalismo"

Uma afirmação dessas sendo feita - e recebida - como uma acusação mostra o quanto qualquer tipo de esperança é ilusório...

Esperar por alguém que prometa enxugar a maquina estatal, diminuindo os gastos e por fim diminuindo os impostos é querer demais mesmo. Ou melhor, primeiro se diminui os impostos, o resto é conseqüência...

quinta-feira, outubro 07, 2004

Uma das acusações mais usadas pelos democratas é que o presidente Bush é simplista. Enquanto os republicanos rebatem dizendo que Kerry é um "flip-floper" (pra qualquer um que entenda um pouco de eletrônica a expressão é auto-explicativa), que muda de idéia dependendo da situação.

Essa discussão deve parecer coisa de outro mundo para os brasileiros, que só conhecem "Kerrys". Praticamente todos os políticos brasileiros são como o candidato democrata: Nunca respondem as perguntas que são feitas nem fazem afirmações diretas. Podendo assim mudar a linha do discurso dependendo do público para o qual estão discursando.

Bush, assim como Lula, não usa um vocabulário rebuscado para expor suas idéias. Claro que a semelhança para por aí. Bush fala o que pensa de forma simples, deixando mais do que claro o que pensa. Como nenhuma idéia é unânime isso acaba fazendo com que ele se torne um alvo relativamente fácil. É bem mais fácil criticar uma afirmação clara e objetiva do que uma afirmação enrolada, que depois sempre dá margem a um "não foi bem isso que eu quis dizer". Enquanto isso Lula não diz nada, mas de forma simple.

Para usar mais uma expressão que está sendo bastante usada por lá, dizem que o presidente enxerga tudo em "preto e branco". Eu particularmente prefiro alguém que vê as linhas que dividem uma figura de outra do que um míope que fica apenas com um borrão.