quinta-feira, março 17, 2016

Os estagiários da primeira instância

A nova moda entre os isentões é o legalismo.

Em textos sempre muito serenos e cheios de jargões legais recém adquiridos, apontam o absurdo de um mero juiz de primeira instância decidir algo que toca pessoas tão importantes como ministros e - o horror - até a presidente.

Nesses textos dá até pra ter a impressão que juizes de primeira instância são alunos da primeira fase de direito, incapazes de julgar matérias que deveriam ser deixadas aos adultos, do Supremo, estes sim, no topo da cadeia alimentar.

Claro que isso faz parte do jogo petista. O Supremo vem sendo aparelhado desde o primeiro mandato de Lula, começou com gente simpática a causa (que nem sempre respeitavam a coleira) e foi evoluindo para militantes sem vergonha nenhuma de ignorar explicitamente trechos da constituição pra fazer valer a tese do partido.

O que o PT quer é que tudo fique no Supremo, onde eles acreditam que ganham tudo independente de provas, testemunhas e fatos. O pior é que eles podem estar certos...

A ordem dos fatores

Gilberto Carvalho deu uma escorregada e deixou claro o que está em jogo:
"Nós teremos uma batalha longa para garantir que o Lula possa governar junto com a presidente Dilma Rousseff"
A ordem dos fatores altera sim o produto.

Surrealismo

A presidente reclama de "metodos escusos e práticas condenaveis" ao mesmo tempo que nomeia um investigado ministro para atrapalhar o processo. A tropa de choque petista (sempre usando o eufemismo "movimentos sociais") ameaça descer o cacete em manifestantes pacíficos enquanto os acusa de fascistas. O PT acusa o golpe enquanto dá a presidência de fato a um presidente que não foi eleito (a que foi nunca governou). Lenin estaria orgulhoso.